Resumo
Contexto e significado
No cenário da lipoescultura cervicofacial e estética, a maioria dos pacientes submetidos a esses procedimentos busca uma recuperação cada vez mais rápida, para retornar à rotina diária. Anteriormente, várias sessões de fisioterapia eram obrigatórias para um resultado satisfatório [1,2].
Nesse sentido, o LipoTaping representa uma grande inovação na fisioterapia pós-operatória, especialmente na cervicofacial. O Kinesiotaping é uma técnica criada por Kenso Kase em 1976, que utiliza uma fita elástica, porosa, adesiva, hipoalergênica e sem ingredientes ativos, que pode permanecer em contato com a pele por vários dias. Seu material, textura e elasticidade são muito semelhantes aos da pele. É um método com base científica cujos principais objetivos são minimizar o edema (inchaço), evitar hematomas (roxos) e reduzir ou prevenir a formação de fibrose. Além disso, o LipoTaping melhora a função e reduz a tensão nos tecidos próximos às cicatrizes, auxiliando na prevenção de deiscências (abertura de pontos na cicatriz) [3].
Nesse aspecto, o LipoTaping descomprime tecidos que sofreram danos em um procedimento cirúrgico. A pele é elevada e, assim, os filamentos de ancoragem (que ”abrem” os vasos linfáticos) são tracionados, permitindo maior drenagem do líquido que até então estava congestionado no interstício (espaço entre os tecidos abaixo da pele), favorecendo sua absorção [4].
A aplicação do LipoTaping reduz a dor e melhora a mobilização do tecido cicatricial, uma vez que a dor causada pela pressão exercida sobre os receptores sensoriais é aliviada através das ondulações que a bandagem promove, devido à elevação da pele. A bandagem elástica pode permanecer na pele por 5 a 7 dias e não substitui a cinta modeladora, sendo necessário combinar as técnicas. Cabe ao profissional especializado avaliar o melhor corte a ser aplicado e as tensões que serão utilizadas nas fitas. Na drenagem linfática pós-cirúrgica, utiliza-se um corte conhecido como “polvo”, que é aplicado seguindo o sistema linfático, denominado Lymphotaping [5].
Além disso, os pacientes também se beneficiam da minimização da dor muscular pós-operatória e da correção de algumas complicações cirúrgicas. A aplicação previne complicações, acelera a recuperação, permite maior autonomia do paciente e reduz o número de sessões de fisioterapia, tornando-se uma excelente opção terapêutica. A técnica pode ser aplicada nas primeiras 24 horas da cirurgia, pois quanto mais precoce a aplicação, maiores os benefícios [1-3].